Em uma agradável tarde de sábado eu e meu marido passeávamos pelo exuberante Jardim Botânico de são Paulo. À medida que nos embrenhávamos pelas trilhas ao longo do parque nos sentíamos tomados de fascínio pela beleza e biodiversidade do lugar.
Em meio a pequenos insetos, flores, tatus, macacos, cipós e árvores imponentes me dei conta de quão semelhante a aquela pequena floresta é a sala de aula.
O primeiro ponto comum era a diversidade, no parque as árvores eram muito diferentes, grandes, pequenas, caules retorcidos, frutíferas, de pequenas folhas, habitadas por parasitas, espinhentas, cheias de insetos, imponentes, frondosas... Mas mesmo em meio a tantas diferenças era possível perceber que era a variedade que fazia a beleza do lugar.
Em um segundo momento percebia-se que a vida de todas se favorecia da diversidade; afinal o que seria daquele lugar se existisse apenas as palmeiras imperiais?Se houvesse apenas flores? Se nada cobrisse o chão?
Por fim era seu caráter desafiador que mais nos aproximava da escola, enxergar um lagarto em meio aos arbustos solicitava cuidadosa atenção, os macacos nos levavam a apurar a audição e erguer os olhos, o pequeno tatu nos colocava silenciosos e rentes ao chão,tocar nas flores exigia extrema delicadeza e quanto aos pássaros restávamos apenas à resignação de desfrutar do seu harmonioso canto.
Assim caro leitor, penso ser a sala de aula, rica, plural e desafiadora como aquela floresta. Sempre nos coloca diante do exercício da sensibilidade, da quebra de preconceitos e paradigmas, para que possamos desfrutar e melhor compreender as múltiplas manifestações da inteligência, capacidade e diversidade humana.
Professora Márcia A B C
Pós - graduada em distúrbios de Aprendizagem, pelo Centro Referência em Distúrbios da Aprendizagem.
muito tocante esse texto
ResponderExcluirmuito legal e interessante
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